trabalho sobre cultura musical baiana
O Axé, ou Axé music, é um gênero musical que surgiu no estado da Bahia na década de 1980 durante as manifestações populares do Carnaval de Salvador, misturando o frevo pernambucano, ritmos afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros ritmos afro-latinos.
No entanto, o termo axé é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é axé, pois lá há o samba-reggae, representado principalmente pelo bloco afro Olodum, o samba de roda, o ijexá - tocado com variações diversas por bandas percussivas de blocos afro como Filhos de Ghandi, Ilê Aiyê e Muzenza, entre outros -, o pagode produzidos por algumas bandas e até uma variação de frevo, dentre outros.
A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva. Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra em inglês music pelo jornalista Hagamenon Brito em 1987 para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.
Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país (com a realização de carnavais fora de época, as chamadas micaretas), e fortaleceu-se como potencial mercadológico, produzindo sucessos durante todo o ano.
Afoxé
De origem iorubá, a palavra afoxé poderia ser traduzida como "a fala que faz". Para alguns pesquisadores seria uma forma diversa do maracatu. Três instrumentos básicos fazem parte desta manifestação. O afoxé (ou agbê), cabaça coberta por uma rede formada de sementes ou contas, os atabaques, e o agogô, formado por duas campânulas de metal. As melodias entoadas nos cortejos dos afoxés são praticamente as mesmas cantigas entoadas nos terreiros afro-brasileiros que seguem a linha jexá. O Afoxé, longe de ser, como muita gente imagina, apenas um bloco