Trabalho sobre como narrar
Um ponto que me chamou a atenção foi que, mesmo sem vento, algumas folhas soltas ao chão insistiam em seguir os meus rastros como se eu tivesse algum tipo de poder sobre ela. Mas, e se eu tivesse mesmo? Parei o suave caminhar após esta intrigante questão preencher o meu pensamento. Encostei um jeolho no chão enquanto o outro fazia um ângulo de 90°, peguei uma folha qualquer deixando-a na palma da minha mão; a encarei curioso, focado. Minha mão, a mesma que tinha a folhinha sob custódia, outrora com a palma para cima virou-se para baixo deixando-a a cair ainda que o meu pensamento transmitia “fique” e realmente o inesperado aconteceu e para minha surpresa a folhava, distanciar-se cinco centimetros da minha mão ela parou no ar como magia. Me espantei. Ainda naquela posição, agachado, meu braço ia de lado para o outro e a folhinha acompanhava gentilmente, com pequenos atrasos de milésimos de segundos, o vai-e-vem. Animei-me, afinal percebi que tinha o dom de controlar as folhas e, possivelmente, todo tipo de vegetal. Com um sorriso bobo em rosto, aos poucos ia me levantando enquanto mais algumas quatro, cinco, seis, sete, folhas seguiam a dança da primogênita. – Entendi. – Disse.
Agora com as duas mãos, meus braços entrelaçavam-se simultaneamente formando um oito com movimento suaves, as folhas, assim, acompanhavam-me como meus pensamentos a ordenavam. Não parei, me empolguei, agora formava “Essis” ainda com a dança das minhas