Trabalho Sobre cimento
Não estará a humanidade passando por uma era que no futuro será conhecida como a Idade de Cimento? Talvez seja muito cedo para tal afirmação, mas é legítimo perguntar sobre a existência de uma Era ou até mesmo de uma Idade marcada pelo cimento.
Os egípcios usavam o gesso calcinado para unir as pedras há quatro mil anos antes de Cristo, mas parece que foi na ilha de Creta o local onde foi empregada pela primeira vez a cal como material agregante, de onde passaria para a Grécia e posteriormente para Roma.
Os romanos construíam com pedras calcárias e vulcânicas (pedra-pomes), que contém sílica ativa. Esta combinação deu lugar ao que se conhece como cimento romano, com o qual foram construídas obras que se mantém até nossos dias. A famosa ponte de Alcântara, construída em Extremadura, Espanha, no primeiro século de nossa Era, foi executada com esse cimento e até hoje conserva sua rigidez..
O passo fundamental na evolução do sistema romano de construção ocorreu ao serem descobertas as propriedades do tufo expelido pelo Vesúvio, em Pozzuoli, arredores de Nápoles. O tufo em si mesmo não era aglomerante, mas reagia ao unir-se com a cal e produzia um composto com capacidade de consolidar-se sob a ação da água, motivo pelo qual foi chamado de cimento hidráulico. Trinta anos antes da era Cristã, Vitruvius descreveu como fazer cimentos hidráulicos ligando as pozolanas (rochas vulcânicas) com a cal.
Com a desaparição do Império Romano se perdeu a técnica de se construir com o cimento. Em meados do século XVIII, o engenheiro inglês John Smeaton foi encarregado da construção de um farol no rochedo chamado Eddystone (17 quilômetros a sudoeste da cidade de Plymouth), que sobressaía pouco do mar e estava rodeado de água profunda, conformando um lugar muito perigoso para as embarcações. Em junho de 1757 Smeaton se dedicou a investigar o material agregante com que construiria o farol e chegou à conclusão que o cimento hidráulico obtido com calcário e