Trabalho Pasquim e Coojornal
RA00065463
Processos de Comunicação Alternativa II
Profª Ana Feldman
Jornalismo Noturno - PUC-SP
A importância de “O Pasquim” e do “CooJornal” para a imprensa alternativa brasileira
Ímpares em seu estilo, humor e maneiras de apresentar a notícia, os jornais “O Pasquim” e o “CooJornal” foram alguns dos principais nomes da imprensa alternativa no Brasil nos anos em que o país estava sob o regime militar.
Contrário à censura, o Pasquim foi originado em 1968. Inicialmente uma publicação comportamental, que falava sobre sexo, drogas, feminismo, entre outros temas polêmicos, o Pasquim passou a também de temas políticos após a promulgação do ato repressivo AI-5.
Com o tempo, diversas figuras de destaque na imprensa brasileira passaram a colaborar com a publicação. Ziraldo, Millôr Fernandes, entre outros, ajudaram a criar a personalidade de jornalismo “relaxado” que o Pasquim possuía. Além de um grupo fixo de jornalistas, o Pasquim também contava com a colaboração de nomes como Ivan Lessa, Paulo Francis e Henfil.
Em 1970, ocorreu um episódio onde a redação inteira do Pasquim foi presa, depois que o jornal publicou uma sátira do famoso quadro de Dom Pedro às margens do ipiranga. Durante todo o período em que a redação estava presa, o Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes, e, além disso, contou com a colaboração de grandes nomes da cultura brasileira da época, como Glauber Rocha, Rubem Fonseca e Chico Buarque, artistas que eram admiradores do estilo único do jornal.
Outro episódio que marcou a existência do Pasquim de de diversos outros jornais alternativos foram os atentatos à bancas de jornais, no início da década de 1980. O Pasquim foi um dos poucos jornais alternativos que sobreviveram à redemocratização, ainda que com uma grande debandada da maioria de seus colaboradores. O Pasquim continuou ativo até a década de 1990, mas sem a grande relevância que mantinha na época do regime militar, onde o