trabalho odonto morfo II
Os tecidos são organizados para resistir a forças às quais estão sujeitos; o osso é organizado por meio de sua forma externa e estrutura interna para dar maior resistência com a mínima quantidade de material, mostrando ser muito apropriadamente adaptado à função mecânica.
As forças não determinam primariamente a forma do osso. Fatores intrínsecos determinam sua forma geral, mas, secundariamente, orientações funcionais influenciam predominantemente para estabelecer seu arranjo estrutural. Essas forças mecânicas secundárias crescem em significação com a idade e podem ser responsáveis pela manutenção da forma.
O crânio, além das forças que sobre ele incidem devido à ação muscular, suporta também forças compreensivas transmitidas da coluna vertebral ao osso occipital, e também forças geradas nos alvéolos dentais como decorrência da função muscular na mastigação. Possui esteios de reforço ou sustentação, inclusive alguns ligando o viscerocrânio ao neurocrânio, para ancorar firmemente o primeiro ao segundo. No neurocrânio estão representados, pela glabela, processo zigomático do frontal, processo mastoide e protuberância occipital externa que se unem por três arcos de cada lado.
No viscerocrânio também alguns esteios são evidentes. Eles separam as cavidades naturais da face, dando ao seu esqueleto um aspecto de estrutura de um edifício.
Nesses esteios ósseos, é patente a organização paralela das trabéculas e o espessamento da substância cortical como uma adaptação mecânica às forças exercidas por músculos e dentes. A tração dos músculos mandibulares necessita de um reforço especial, obediente à magnitude das forças tensoras, para absorvê-las ou escoá-las. Organizam-se assim traços de maior resistência, também conhecidos como trajetórias da mandíbula. Também , forças compreensivas exercidas no nível dos arcos dentais superiores formam verdadeiras trajetórias ou pilares do maxilar, como são mais conhecidos.
O músculo