Trabalho noturno
Nós fomos biologicamente programados para dormir a noite.
A pneumologista Lia Rita Azeredo Bittencourt, presidente da Sociedade Brasileira de Sono explica que a ausência de luz, a queda de temperatura do corpo e a secreção da melatonina (um neuro-hormônio responsável por regular o sono) são fatores que ocorrem nesse período e contribuem para o descanso. Pesquisas demonstram que durante o dia, as pessoas dormem menos e com menor qualidade, já que o sono costuma ser mais fragmentado, as consequências para o organismo humano são imediatas: Fadiga, sonolência durante o dia, déficit de atenção, de memória e raciocínio, além de predisposição a problemas cardiovasculares e metabólicos, enfatiza.
Segundo informações da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), as doenças mais freqüentes em quem trabalha à noite são as de origem gastrintestinal ( como azia, má digestão, úlceras gástricas, irritações do cólon e dificuldade em manter a regularidade intestinal), além das ligadas ao sistema cardiovascular. Estudos indicam que o risco de acidentes aumentam com o trabalho noturno, particularmente se a jornada for prolongada.
Uma pesquisa realizada por uma equipe de especialistas canadenses, noruegueses e suecos, é a maior já feita sobre o assunto e, ao todo, envolveu mais de dois milhões de pessoas.
Resultado da pesquisa:
Jornada de trabalho noturna ou irregular está associada ao aumento do risco de doença coronariana (24%), infarto (23%), e AVC (5%). Segundo os autores desse trabalho, há algum tempo jornadas de trabalho noturnas ou com horários que variam frequentemente são conhecidas por pertubar o ritmo circadiano.
O que pode ser pior que trabalhar a noite ?
Ir para a cama em horários diferentes é ainda pior. É o que ocorre com um profissional que trabalha em sistema de turnos. A cada semana, ele muda de horário de trabalho: Em uma, ele começa a trabalhar durante a noite; na outra, pela manhã; e na terceira a tarde. Consequência: Ele não