trabalho na espanha
Está claro que na Espanha as diferenças entre classes sociais são menos abismais que no Brasil. Tem pobre, uma imensa classe média e alguns ricos. O X da questão é que na prática todo mundo ganha quase a mesma coisa (ok, os ricos ganham muito mais, como em qualquer lugar do mundo). Tanto faz limpar o chão como ser balconista de loja de grife (e me arrisco a dizer como uma simples arquiteta num escritório de arquitetura), trabalhando de qualquer coisa você consegue ganhar um mínimo justo para pagar suas contas e, quem sabe, ainda sobra um pouco para o supérfluo. Sendo assim, aqui em Sevilla é bastante comum encontrar num mesmo restaurante a mulher que limpa os banheiros da academia e instrutor, o cara que distribui panfletos e o professor universitário, ou mesmo ter como dono do apartamento que você aluga (com 4 quartos, dois banheiros, condomínio com piscina em uma zona residencial de um bairro bom) um motorista de caminhão do lixo, já que o poder aquisitivo (e o acesso ao crédito, claro) são parecidos.
Ou seja, trabalhos considerados por muitos de nós, brasileiros, como qualquer coisa, por aqui são atividades profissionais com renumerações como qualquer outra. O conceito de subemprego não está sempre relacionado diretamente com a atividade exercida, mas com o tipo de contrato e vínculo empregatício. Na Espanha são