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EMERGIA – o início da sua contabilidade socioambiental Já ouviu falar em Emergia? Pois bem, segundo Ortega (2003), “Emergia é a energia gasta pela Biosfera (conjunto de todos os ecossistemas para nomear partes da estrutura interna da Terra, tais como litosfera (sólidos), atmosfera (gases) e hidrosfera (águas)) para produzir recursos, esta energia pode ser externa ou interna, renovável ou não renovável”. Em outras palavras, trata-se da energia incorporada a um recurso durante o seu processo de criação. De acordo com Odum (2000), para representar produtos e serviços considerando aspectos econômicos e ambientais eficientemente, é necessário transformar todos os fatores em uma unidade comum, denominada energia solar equivalente, ou emergia ou então, contabilidade socioambiental.
O primeiro passo para a realização da análise emergética consiste na representação gráfica do sistema de produção, uso e reciclagem de materiais. O segundo passo, consiste desmembrar cada etapa do processo e quantificá-lo considerando recursos, energia, trabalho entre outros. Após estas etapas, a contabilidade ambiental é realizada, seguida pela avaliação de sustentabilidade com base nos indicadores encontrados.
Sabemos que o meio ambiente é simultaneamente fonte de materiais, energia, água e outros recursos, e recebe em contrapartida resíduos dos sistemas produtivos sob diversas formas. Portanto, ao mesmo tempo que fornece recursos, o meio ambiente também realiza trabalho para os sistemas produtivos, por exemplo, a reciclagem e a reabsorção destes resíduos. Por este motivo, é fundamental que os indicadores de sustentabilidade considerem as relações entre o meio ambiente e a dinâmica industrial, seus produtos, subprodutos, valores, força de trabalho, valor agregado, dentre outros fatores. A análise dessas relações permite a contabilidade não somente da performance socioambiental (meio ambiente e pessoas) de um determinado sistema, mas também da competitividade do sistema