Trabalho ModernaII
Questão 85
Artigos 1 e 2
Da suma teológica de Tomás de Aquino
Filipe Amaral Bertolucci
Medieval II
Prof. Arthur
Artigo II Se as espécies inteligíveis, abstraídas das fantasias, estão para o nosso intelecto como o que é inteligido.
Tomás de Aquino começa o Artigo II dizendo que as espécies inteligíveis, abstraídas das fantasias, estão para o nosso intelecto como o que que é inteligido em ato e está naquele que intelige porque o inteligido em ato é o próprio intelecto (em ato), e a espécie é o próprio inteligido em ato, em decorrência de que nada da coisa inteligida está no intelecto que intelige ato. Tomás falará então que é preciso que o inteligido em ato esteja em algo. Do contrário nada seria, porém, não está na coisa fora da alma porque a coisa fora da alma é material, e nada que está no material pode ser inteligido em ato, e assim o inteligido em ato só pode estar no intelecto, portanto espécie inteligível. Para além destas colocações, Aristóteles coloca no livro I, Sobre a Interpretação que “As vozes são sinais das afecções que estão na alma”, as vozes têm significado nas coisas inteligíveis, portanto, as próprias afecções da alma, isto é, as espécies inteligíveis são o que é inteligido em ato. Logo após a apresentação destes argumentos, Tomás apresenta o que poderia ser dito em forma de contra-argumento, que seria que a espécie inteligível estaria no mesmo nível que a espécie sensível está para o sentido. Seguindo a mesma lógica, a espécie sensível não é o que é sentido, mas seria pelo que o sentido sente. Logo, a espécie inteligível não é o que é inteligido em ato, mas o que pelo que o intelecto intelige. Em resposta a isso, ele diz que alguns sustentaram que as faculdades cognoscitivas (do conhecimento) conhecem apenas suas próprias afecções, por exemplo, o sentido não sente nada senão a afecção de seu próprio órgão. Sendo assim, o intelecto nada intelige se não a sua afecção, é claro, a espécie inteligível recebida