trabalho medicina esporte
Print version ISSN 1517-8692
Resposta cardiovascular na prova de esforço: pressão arterial sistólica
Luiz Carlos Passaro
Cardiologista da Fitcor. Diretor de Publicações do Departamento de Ergometria e Reabilitação Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia. (Fonte: Centro de Estudos da Fitcor - SP)
INTRODUÇÃO
Aceita-se que em nível de 40% da capacidade de trabalho aeróbio o volume sistólico (VS) atinge seu máximo(23). Isso aplica-se tanto a indivíduos treinados, quanto destreinados, de ambos os sexos.
O VS máximo do indivíduo bem treinado é bem maior do que o de pessoa sedentária, graças à participação de fatores hereditários e à maior potência contrátil do miocárdio(4).
O débito cardíaco (DC), produto do VS pela freqüência cardíaca (FC), aumenta continuadamente com o exercício, mas o equilíbrio do DC a partir de 40 a 50% da capacidade máxima é mantido, basicamente, à custa da elevação da FC. A elevação do DC também será maior nos indivíduos treinados.
Embora exista vasodilatação periférica que se estabelece durante a atividade física, ocorre elevação da pressão arterial sistólica (PAS) devido fundamentalmente ao incremento do DC. ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA NO EXERCÍCIO
Em 1889 já se demonstrava que a PAS e a FC se elevavam durante e imediatamente após o trabalho muscular(11). Em geral, essa elevação da PAS é acompanhada de redução ou nenhuma modificação na pressão arterial diastólica (PAD).
A pressão sanguínea na aorta é mantida pela integração dos seguintes fatores: DC, resistência periférica, elasticidade das principais artérias, viscosidade do sangue e volume sanguíneo.
O fluxo sanguíneo local é determinado principalmente por uma cabeça de pressão e pelo diâmetro dos vasos presentes. O tônus vasomotor é fornecido pelas fibras simpáticas vasoconstritoras provenientes da área vasomotora na medula oblonga; a substância transmissora é a noradrenalina. Os receptores de membrana