Trabalho Maquiavel e Hobbes
Estado: A obra “O Príncipe” é, nesse sentido, uma reflexão sobre o poder político que permeia o Estado. Todo Estado é, fundamentalmente, constituído por uma correlação de forças, fundada na dicotomia que se estabelece entre o desejo de domínio e opressão, por parte dos grandes ou poderosos, e do desejo de liberdade, por parte do povo, que, em síntese, compõe as relações sociais. A virtù, diz Maquiavel, consiste na compreensão desta realidade e determina a ação política do príncipe. “... O homem de Estado maquiaveliano depende exclusivamente de sua própria capacidade para determinar a resposta, impostergável, que a situação presente permanentemente lhe formula: ‘o que fazer?’” (AMES, 2002, p.16). O poder exercido pelo príncipe está diretamente relacionado à nova maneira - cética - com que Maquiavel encara o ser humano. Sua concepção de poder inaugura uma nova ética: laica, prática, em que o poder político é dissociado da ética cristã, pois tudo é válido contanto que o objetivo seja de se conquistar e de se manter o poder, apoiado no povo.
O Estado é poder absoluto.
A sociedade: Nicolau Maquiavel estuda a sociedade pela “análise efetiva dos fatos humanos”. Não se prende em especulações teológicas ou metafísicas. Seu conceito de sociedade pressupõe uma definição da psicologia humana e outra da história. A sociedade é constituída por homens de natureza ambígua, contraditória. Querem não ser dominados enquanto o Estado os pretende dominar. “Maquiavel conclui por meio de estudo dos antigos e da intimidade com os potenciados da época, que os homens são todos egoístas e ambiciosos, só recuando da prática do mal quando coagidos pela força da lei.”
Poder: Maquiavel reflete duas maneiras de como chegar ao Poder: Virtù e Fortuna.
Virtù significa vontade de exercer o poder.
Já Fortuna é a ocasião, a sorte.
Segundo ele existem ainda outras duas maneiras de um simples cidadão chegar ao poder que não por meio de fortuna – através da prática das