trabalho manicure
Premiada no Canadá, socióloga mostra as diferentes interfaces do trabalho da manicure
Por ACS/A.R. em 10/02/2014
Legenda: Posto de trabalho da manicure
Compreender as diferentes faces do trabalho da manicure, com enfoque na interação pessoal foi a principal razão que moveu Juliana Andrade Oliveira, socióloga da Fundacentro a realizar estudo na Universidade de Quebec, Canadá, como parte do estágio de doutorado, no período de agosto de 2012 a julho de 2013, sob co-orientação do Prof. Dr. Angelo Soares.
No estudo, considerado pioneiro tanto no Canadá quanto no Brasil , Juliana pontua aspectos voltados para as relações interpessoais no ambiente de trabalho (manicure X manicure) e a relação da manicure com a cliente na sua conciliação entre a gestão das emoções e a execução do trabalho minucioso nas unhas.
A socióloga explica ainda que no Brasil há uma maior relação de servilidade entre manicures e clientes com a cliente no comando da situação. Com isso, a manicure precisa colocar seu comportamento também a serviço da cliente, e não somente seu trabalho nas unhas. Essa situação é amenizada pelas manicures autônomas, que podem escolher a cliente, por uma relação de afinidade. Já nos salões, a profissional não tem o direito de escolher, apenas a realizar a sua função.
Em plena expansão, a cada dia surgem no Brasil mais e mais institutos de beleza, ou simplesmente salões que são criados como forma de atrair o público feminino em busca da transformação corporal e da melhoria visual. No entanto, Juliana destaca que não se tem imagem da manicure como trabalhadora fazendo com que a profissão seja muito estigmatizada e as manicures negligenciadas do ponto de vista social.
Não há exigência legal de qualificação adequada para exercer a profissão. Na maioria dos casos, são mulheres que aprenderam o ofício sozinhas ou com algum ente da família, e que exercem a função para o seu próprio sustento e para o