Trabalho interdisciplinar
Nos dias atuais, o grande desafio do professor é superar a situação de discurso e desenvolver ações concretas que respaldem o desenvolvimento de seus alunos como cidadãos críticos, criativos, solidários, que sejam agentes de transformação e que atuem de maneira autônoma e responsável no meio social, já que, hoje, não basta uma educação escolar que somente dê acesso ao conhecimento.
Nesse contexto, é preciso que a escola favoreça ao educando momentos para que possa ser protagonista nos processos decisórios de aprendizagem e de organização de ações, tendo clareza dos tempos e espaços disponíveis e das dimensões em que essa participação possa ocorrer.
Entre as várias possibilidades de participação ativa do jovem no contexto escolar, um âmbito é propício para que o protagonismo juvenil seja efetivamente concretizado no cotidiano das escolas: no processo de ensino aprendizagem em sala de aula.
O protagonismo e o processo de ensino-aprendizagem pautado em projeto interdisciplinar
Disponibilizar o conhecimento aos alunos de forma descontextualizada, concebendo os educandos como simples receptores de “verdades absolutas”, dificulta a atribuição de sentido aos saberes que a escola vincula às práticas individuais e sociais, não atendendo às necessidades reais dos jovens e da sociedade. Firmar uma educação escolar em sintonia com o protagonismo juvenil requer estratégia e procedimentos em sala de aula e em outros espaços e momentos na rotina da escola, que considerem o potencial do jovem para planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações, mediadas pelo professor, o que pode se efetivar, entre outras ações educativas, por meio de projetos interdisciplinares, pois, de acordo com Lüdke, os projetos não aparecem como panaceias, por certo, mas vale a pena chamar a atenção para o papel que poderiam representar no esforço em direção a aprendizagens significativas e a própria função essencial da escola na formação do cidadão (2002, p.68).
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