Trabalho Infantil
No Brasil, estima-se que mais de 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos estejam envolvidos em trabalho infantil ilegal. O número é preocupante, sendo que a região Nordeste é palco de um terço da exploração infanto-juvenil. A região sofre com este tipo de descaso, principalmente no interior, e ainda com a prostituição infantil nos núcleos urbanos.
Esses problemas são efeitos diretos da pobreza de boa parte da sociedade que empurra os menores para o trabalho e segundo pesquisas as famílias das crianças são catalisadores desses números negativos. Em Pernambuco, por exemplo, 270 mil crianças e adolescentes são explorados em diversas atividades econômicas, em vez de se dedicarem aos estudos.
Há casos em que os menores são submetidos a trabalhar em regimes parecidos com o da escravidão, recebendo em troca pouquíssimo dinheiro. O trabalho duro, no entanto, coloca em risco a saúde das crianças, as deixa vulneráveis a insegurança, a humilhação e ao desrespeito, reduzindo ainda a expectativa de um futuro melhor para elas.
Nos Estados, o Ministério do Trabalho tem equipes de combate ao trabalho infantil, mas não consegue conter as irregularidades e a tendência é que a erradicação do problema só virá em 2033. Daqui a vinte anos muitos futuros já terão sido e ainda vão ser destruídos.
A infância é um estágio muito importante para que o ser humano possa se desenvolver integralmente e se tornar um adulto responsável e plenamente integrado a sociedade. Quando uma criança tem que trabalhar, está deixando para trás seus sonhos, suas fantasias, brincadeiras e uma infância normal cercada de carinho dos familiares. A necessidade do trabalho tem que ser ensinada às crianças com o passar do tempo, contudo, se são forçadas a trabalhar acabam amadurecendo cedo demais. Perdem a infância e toda a beleza que existe nela. Sem qualquer sombra de dúvidas, o trabalho infantil tira o futuro de uma criança.