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“Intocáveis” (Intouchables) é um filme francês lançado em 2011. Baseado em fatos reais, conta a história do momento em que as vidas de duas pessoas totalmente distintas se cruzam e mostra os resultados desse encontro.
Philippe (François Cluzet) é um aristocrata milionário e tetraplégico com dificuldade em encontrar um ajudante fixo no cargo. Em uma das entrevistas, conhece Driss (Omar Sy), um suburbano que passou um tempo preso e agora vive de seguro-desemprego. Philippe vê no jeito destemido do rapaz um novo desafio e oferece o cargo em um período de um mês de experiência. Com relutância, Driss aceita o cargo. Desse momento em diante, a vida de ambos muda drasticamente.
A trama traz uma concepção diferente de cuidado. Cuidado, descrito pelos dicionários, significa precaução, cautela, diligência, desvelo. Um conceito simples e bastante reduzido pra algo que é tão amplo e subjetivo. O filme retrata o zelo como uma suavização dos problemas.
A concepção de cuidar é muito mais abrangente que o simples curar, medicar. O cuidador ele tem que obter a visão do todo. Para atender à outra pessoa só a formação científica não é suficiente, é preciso, e oportuno, sensibilidade, o uso da intuição. A técnica é indispensável, mas não se pode esquecer a subjetividade do ser envolvido. A relação do responsável com a pessoa a ser zelada é íntima e constante, e deve, portanto, exigir um vínculo de companheirismo.
A função primordial do cuidador é dar um suporte, auxiliar as limitações do sujeito e não uma substituição de suas capacidades. Não se deve restringir a pessoa à sua necessidade, deficiência. A limitação não impede o indivíduo de saber o que é bom ou ruim para si. Ele continua tendo suas opiniões, sentimentos e decisões, na maioria das vezes não pode agir sozinho, por isso precisa de um intermediário, mas continua tendo palpites e vontades. Um ponto bastante marcante do filme é quando ele aborda a aceitação do individuo com sua deficiência. Outro ponto forte no filme