TRABALHO HUMANIDADE IMPRIMIR
No capítulo primeiro Rubem Alves tece comentários sobre as “perspectivas” da religião, desde o tempo em que os descrentes, sem amor a Deus e sem religião, eram raros e considerados como uma doença contagiosa. Tudo era feito em nome do sagrado e em torno do drama da alma humana. Com o desenvolvimento da tecnologia e da ciência, Deus passa a não ser mais necessária “como hipótese de trabalho”. Tal pespctiva nos da uma visão geral sobre o que Rubens Alves pretende trabalhar durante toda a obra. Um tema bastante atual que é abordado é o questionamento se a religião está desaparecendo ou não, para logo em seguida afirmar que ela permanece viva, pois o avanço da ciência não conseguiu fazer desaparecer a religião.
Esse capitulo é encerrado com a seguinte frase “não é difícil identificar, isolar e estudar a religião como o comportamento exótico de grupos sociais, mas que é necessário reconhecer a invisibilidade da sua presença nosso dia-a-dia”. O texto nos leva a entender que o autor “viaja” desde o tempo do início do cristianismo, passando pela Idade Média, pelo período da Revolução Industrial e chegando até nossos dias. O texto é lúcido e com marcos históricos implícitos na própria narrativa.
Em suma a proposta do autor é discutir o tema que é o titulo do livro e o faz com questionamentos que ao longo da leitura vamos encontrando as respostas. Declarando que a marca de todas as religiões talvez seja o drama da alma humana, num esforço de pensar a realidade humana de uma maneira que a vida faça sentido.
É argumentado que a marca do saber cientifico é o seu rigoroso ateísmo metodológico e que no mundo sagrado, a experiência religiosa era parte de cada um.