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a) Inglaterra de 1846 a 1866
Com base em análise de dados ilustrados através de tabelas, é possível compreender o brado triunfal do diretor do Registro Civil britânico onde diz que por mais rápido que a população tenha crescido, ela não acompanhou o ritmo do progresso da indústria e da riqueza. Volta-se para os agentes imediatos da indústria, ou seja, os produtores da riqueza: a classe operária.
Nas seções sobre a jornada de trabalho e a maquinaria foram desvendadas as circunstâncias sob as quais a classe trabalhadora britânica criou um “aumento inebriante de riqueza e poder” para as classes possuidoras. Naquele momento, o interesse principal era o trabalhador no exercício de sua função social. Para o pleno esclarecimento das leis da acumulação, é preciso atentar também para sua situação fora da oficina, para suas condições de alimentação e moradia. É tratada a parte mais mal remunerada do proletariado industrial e dos trabalhadores agrícolas, isto é, da maioria da classe trabalhadora. Antes, porém, uma palavra sobre o pauperismo oficial, ou seja, a parcela da classe trabalhadora que perdeu sua condição de existência – a venda da força de trabalho – e que vegeta graças a esmolas públicas. Por um lado, o movimento de alta e baixa da massa de indigentes reflete as variações periódicas do ciclo industrial. Por outro, a estatística oficial engana cada vez mais sobre o verdadeiro volume do pauperismo, à medida que, com a acumulação do capital, desenvolve-se a luta de classes e, por conseguinte, a consciência de si dos trabalhadores.
b) As camadas mal remuneradas da classe trabalhadora industrial britânica
Durante a crise do algodão, em 1862, o dr. Smith realizou uma investigação sobre as condições nutricionais dos macilentos trabalhadores algodoeiros de Lancashire e Cheshire. Em 1863, o Privy Council ordenou uma investigação sobre a situação de penúria da parte mais malnutrida da classe