Trabalho História de São Cristovão
A área onde se localiza o bairro de São Cristóvão atualmente já foi habitada por índios tamoios e teve sua ocupação inicial diretamente ligada à conquista do Recôncavo da Guanabara. Os padres jesuítas receberam uma imensa sesmaria em 1565, que se estendia do Rio Comprido a Inhaúma, com seus engenhos e fazendas.
Em 1627, os jesuítas construíram a Igrejinha dedicada ao culto de São Cristóvão, junto à praia que também foi batizada com o nome do santo. O Caminho de São Cristóvão passava próximo à igreja, que além de servir aos jesuítas, era usado por moradores da cidade, viajantes e tropeiros, em direção ao interior. Surgiu próximo a estrada a pequena povoação de São Cristóvão.
Ocupada pela fazenda dos jesuítas até meados do século XVIII, a área onde a sede principal era onde hoje se ergue o Lazareto, ou Hospital dos Lázaros. As chácaras e os sítios que os padres arrendavam em conjunto com a pequena povoação próxima ao campo tinham uma função econômica na cidade, principalmente por abastecê-la com gêneros variados - legumes, verduras, arroz e carnes, por exemplo.
Após 1759 com a expulsão dos jesuítas do Brasil, essas terras foram divididas em chácaras. Dentre essas, uma foi adquirida pelo comerciante Elias Antonio Lopes - a Quinta da Boa Vista – que foi doada para uso da Família Real Portuguesa, quando esse se transferiu para o Brasil em 1808. Desde então, São Cristóvão se transformou, na vizinhança mais aristocrática do Rio de Janeiro, visto que ali se construíram as residências dos fidalgos e dos altos funcionários da corte mais próximas do poder real. Com o início da República e o final do Império, a cidade cresceu além de sua capacidade com a invasão de novos moradores que aqui chegaram à busca de novas oportunidades. Para se adequar à nova realidade, o engenheiro Pereira Passos, “Prefeito” do Rio de Janeiro na época, introduziu uma grande reforma urbanística e sanitária.
São Cristóvão foi um dos bairros que sofreu mais modificações nesse