Trabalho Hermeneutica
Não, não é certo. A hermenêutica seria a “arte da compreensão correta do discurso do outro”, internamente conectada com a arte de pensar e a arte de falar. Ela não supõe que haja diferenças de linguagem e diferenças de pensamento entre o leitor e escritor - nem entre o falante e o ouvinte, correspondentemente -, logo não há necessidade de dificuldades de entendimento para que seja aplicada. Afinal, se a hermenêutica pode ser usada no relacionamento imediato entre os homens, parece implausível que não pudesse também ser nos textos de imediato entendimento. Vale também ressaltar que o objetivo da hermenêutica não é somente a compreensão do texto, independentemente da sua dificuldade, mas também do autor que o escreveu.
2. Em que circunstâncias Schleiermacher recomendaria a função de intérprete do Direito?
Como um meio escrito, o ordenamento jurídico está igualmente sujeito à Hermenêutica descrita por Schleiermacher: cada indivíduo possui ideias e concepções diferentes do texto legal e de sua moralidade, a função de interpretá-lo é definir seus limites e abrangência intencionais, determinando a extensão de seus princípios enquanto mantém os direitos fundamentais. Assim, o intérprete se faz necessário quando o objetivo do texto precisa de esclarecimento.
3. Por quê é tida como subjetivista a visão de Schleiermacher na Hermenêutica?
A visão de Schleiermacher é chamada de subjetivista porque se importa especificamente com o que o escritor quis transparecer com o texto, a intenção dele ao escreve-lo. Tal visão é diretamente oposta à objetivista, que por sua vez decide focar no texto escrito e no que se pode aferir dele, desconsiderando os objetivos do autor.