trabalho giovanna bio
A adubação verde corresponde ao uso de espécies vegetais (adubos verdes/plantas de cobertura) em sucessão, rotação ou em consórcio com as culturas, com objetivo de se buscar a proteção da superfície, bem como a manutenção e a melhoria da qualidade físico-hídrica, química e biológica do solo, em todo seu perfil. Partes das plantas utilizadas podem ser aplicadas a outros fins, como na produção de sementes, em fibras e na alimentação animal. Os adubos verdes contribuem para o aumento de diversidade de espécies e de resíduos vegetais em sistemas agrícolas do Cerrado. Assim, busca-se minimizar os impactos da conversão da vegetação natural ao processo de produção, que historicamente tem se baseado em monocultivos. O uso de adubos verdes resulta em efeitos positivos às propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, consequentemente, contribui para o manejo sustentável dos agroecossistemas. O incremento de nitrogênio no solo - seja por meio da fixação biológica, mediante incorporação de biomassa, principalmente de leguminosas -, proporciona economia significativa de fertilizantes nitrogenados. Essa prática também contribui para o controle de insetos-pragas, doenças, nematoides e plantas invasoras, reduzindo as aplicações de inseticidas, fungicidas e herbicidas. A incorporação de adubos verdes ao solo promove a ciclagem mais rápida de nutrientes, favorecendo seu uso pela cultura em sequência, sobretudo, daqueles nutrientes com potencial de lixiviação como o nitrogênio ou dos que podem ser retidos com relativa facilidade, como o fósforo. No sistema plantio direto, os benefícios para a qualidade física, química e biológica do solo podem manifestar-se num período mais longo, principalmente no Cerrado, devido à decomposição acelerada dos resíduos vegetais, dificultando o estabelecimento de uma eficiente cobertura da superfície. O não-revolvimento do solo favorece, ainda, o acúmulo de fósforo nas frações de maior disponibilidade