Trabalho geografia - islã
Maomé e o Alcorão. A base doutrinal criada por Maomé e o Alcorão constituem o fundamento sobre o qual assenta toda a estrutura da religião islâmica. O Alcorão ou Corão (al-Quran), é a coletânea dos versos recitados pelo profeta, graças -- segundo a tradição muçulmana -- a revelações feitas a ele por Deus, por intermédio do anjo Gabriel. As 114 suratas (capítulos) do Alcorão expõem os fundamentos do monoteísmo islâmico e os princípios morais que regem a comunidade. Desde o início de suas pregações, Maomé infundiu em seus seguidores um profundo sentimento de fé e de fraternidade, intensificada em conseqüência das perseguições que o fizeram deixar Meca, mudando-se para Medina, com amigos e parentes, em 16 de julho de 622. Única data da vida do profeta em relação à qual todos os muçulmanos estão de acordo, a hégira (emigração, separação) marca o início da era islâmica. Depois da hégira, o profeta formou uma comunidade religiosa e política, a umma ou comunidade de crentes, que se perpetuou no Islã como uma religião-estado -- fusão que não foi contestada até o século XX. Expansão territorial. Durante o governo dos quatro primeiros califas sucessores de Maomé e sob a dinastia omíada (661-750), o Islã estendeu-se em função das conquistas obtidas na guerra santa e da atuação das organizações místicas. Com a dinastia abássida, que perdurou até 1258, o império se fragmentou. Formaram-se vários estados, regidos por diferentes dinastias independentes, no norte da África, na península ibérica, Pérsia e em outros domínios. Apesar da divisão política, o Islã não perdeu sua unidade religiosa, institucional e econômica. A partir do século XII, a expansão da mística islâmica abriu novos caminhos para a religião, na Ásia central, Índia, Indonésia, Turquia e norte da África. Na Europa, o islamismo perdeu, no século XV, seus últimos reinos na Espanha e, depois da queda do império otomano, manteve somente redutos nos Balcãs e na Rússia