Trabalho Final de Medieval I
PUC – SP
Análise das fontes:
Comentários sobre a guerra da Gália – Caio Júlio César
História dos Bretões (c.800) – Nennius
Conceição Cordeiro Bacelar – História MA1Profº: Alvaro H. Allegrette
1ª Fonte: Comentários sobre a Guerra da Gália, livro VI, 16, 24.
Caio Júlio César foi um imperador romano que viveu de 100 a 44 a.C.
Nesta obra ele fala sobre as guerras que tinham como objetivo a conquista da região da Gália e que ocorreram de 58 a 52 a.C.
No primeiro trecho ( livro VI, 16), que proponho analisar, ele fala sobre o costume supersticioso dos gauleses de realização, ou promessa de realização, de sacrifícios humanos, quando precisavam obter ajuda dos deuses. Os responsáveis por tais sacrifícios eram os sacerdotes druidas. E normalmente eles preferiam utilizar vítimas que houvessem cometido alguma espécie de crime, como o roubo, mas em última instância utilizavam também pessoas inocentes.
Ao falar que a crença dos gauleses é baseada em superstições, o autor deixa claro seu ponto de vista bastante depreciativo em relação à eles, já que a palavra “superstição” por si só já significa crenças e prática de rituais irracionais. E durante a narração esta visão torna-se mais evidente visto que ele descreve seus rituais e costumes religiosos de forma a barbarizá-los, como podemos demonstrar neste trecho: “Costumam fazer enormes simulacros, cujos membros são tecidos de vime, e os enchem de homens vivos, deitando-lhes depois fogo...” e também no trecho: “... quando faltam criminosos, imolam até mesmo os inocentes.” Podemos perceber, portanto, que ele não tem nenhuma intenção de narrar os costumes religiosos deste povo da Gália como uma demonstração de sua fé apenas, mas sim como algo totalmente selvagem em comparação ao seu universo social, no caso o romano.
No segundo trecho a ser analisado (livro VI, 24), Júlio César conta que os gauleses, no passado, eram muito