trabalho feito
Primary, Don´t look back e Caixeiro viajante , por um lado e
Chronique d´un été e Moi, un noir, por outro. O advento de novas tecnologias para a realização de filmes propiciou, a partir dos anos
60, o surgimento de duas correntes contemporâneas que viriam a reinventar a produção de documentários, o cinema direto americano e o cinema verdade francês. Com o desenvolvimento de câmeras portáteis e da captação do som direto, a linguagem documental ganharia outro fôlego com abordagens distintas e resultados empolgantes tanto no cinema feito nos Estados Unidos e
Canadá, quanto pelos cineastas franceses. Nos Estados Unidos, esse novo cinemadocumentário é fortemente vinculado à produtora
Drew Associates, criada por Robert Drew, junto a Richard Leacock, D. A. Pennebaker e Albert
Maysles. Precursores do cinema direto, estes americanos contavam com financiamento do grupo
TimeLife, que via na empreitada uma oportunidade de produzir conteúdo jornalístico. Para o grupo do direto americano, o documentário deveria buscar se livrar dos artifícios que a linguagem cinematográfica utiliza para provocar a ilusão de realidade, fugindo de uma decupagem que promova seu discurso, assim como abrindo mão do controle das situações retratadas. Assim, se aproximavam (sem nunca alcançar de fato este status já que falamos de cinema e não de câmeras de segurança) de uma ideia de cinemadocumentário enquanto registro, buscando ao máximo realizar uma reprodução exata do momento filmado, com som direto sincrônico (que os dava propriedade em parecer verdade), sem inserções sonoras posteriores, sem entrevistadores e tentando garantir o mínimo de