Trabalho Facul
Com o advento das grandes navegações houve uma circulação de diferentes ingredientes antes não conhecidos pelos outros continentes. Houve, assim, uma troca não só de sabores, mas também de conhecimento (claramente que essa relação aconteceu em uma perspectiva entre metrópole-colônia). A partir de então, aos poucos, especiarias da Ásia se fundem com o conhecimento gastronômico da Europa e com ingredientes da América. Séculos depois, com a globalização, meios de comunicação e de circulação de mercadorias se desenvolveram de tal forma que, hoje, não dispomos mais apenas dos alimentos produzidos em nossas regiões locais, e com isso, temos acesso a cada vez mais sabores (mas quais são os sabores que interessam ser importados?). foto: Guia Hoje
Com toda essa movimentação observamos uma faca de dois gumes: por um lado é absolutamente positivo que os sabores de diversas culturas se difundam pelo mundo; por outro, sabemos que não é exatamente de forma igualitária que isso ocorre. A acessibilidade por vezes é ilusória, pois há uma imposição de superioridade que tenta nos convencer de que “há sabores melhores do que outros”. Primeiro nossa referência europeia, enquanto antiga metrópole, posteriormente o imperialismo estadunidense que foi determinante na imposição de nossos