trabalho eugenio e paloma
As palavras do renomado Baudrillard(2001) nos fazem perceber a clareza da necessidade de rever os valores humanos, que ele denomina tradicionais, e podemos identificar como valores éticos e morais, para uma (re)construção da realidade com dignidade. Cabe-nos uma reflexão sobre as relações interpessoais no ciberespaço, onde há possíveis distorções ou ausência dos valores éticos e morais, pois cada sujeito vai incorporando novas atitudes e sentimentos, mantendo, na medida do possível, sua integridade.
Essa realidade simulada encontra-se cada vez mais presente em nosso cotidiano público e privado. Os valores éticos e morais são, no momento, indispensáveis no processo de interatividade, porém não garantem a esses sujeitos a alteridade, que é a relação do eu com o outro, o se colocar no lugar do outro.
Quando as pessoas se dispõem a interagirem no ciberespaço, de acordo com Santos (2005), essas interações são possíveis por estarem orientadas por uma percepção de alteridade. As comunidades se afirmam e são possíveis na medida em que há a percepção do eu e do outro, ou seja, a percepção da identidade e da pluralidade.
Diferente das relações face a face, na realidade concreta, onde as características físicas e parte da gama simbólica da personalidade tornam-se presente. No ambiente digital as identidades são apresentadas inicialmente através da escrita, permitindo camuflar parte dos aspectos visíveis da identidade.
Ética para Ferreira (1986) é o juízo referente à conduta humana suscetível de qualidade do ponto de vista do bem e do mal. Seria oportuno uma reflexão sobre as relações interpessoais dentro do ambiente virtual, buscando perceber e analisar as distorções de atitudes entre as identidades virtuais, apontando as nuances dos valores éticos que sejam cabíveis nas diferentes realidades: real e cibernética. Goergen (2001) argumenta sobre a necessidade de resgatar os valores morais de base que formam referenciais para uma sociedade, quando diz:
Os direitos do