TRABALHO ESCRITO TICA CONSEQU NCIAS
Houve no Brasil, em meio ao século XIX, uma série de leis criadas com a finalidade de abolir a escravidão no país, tais como a Lei Eusébio de Queirós, que visava à proibição do tráfico negreiro e a Lei do Sexagenário, a qual libertava o escravo com mais de sessenta anos de idade. Todavia, essas leis tiveram seus objetivos fracassados, devido suas medidas proibitórias serem muitas vezes consideradas brandas, sem fundamentos claros e fiscalização. Foi mais precisamente com a introdução do Brasil no sistema capitalista, imposto pela Inglaterra, que o sistema escravista teve a sua decadência, visto que a mão-de-obra passou da grande maioria negra e escrava, para a mão-de-obra branca e assalariada, tal situação foi chamada de “embranquecimento” da população brasileira, tendo tal fato ocorrido propositalmente, pois a elite não desejava que houvesse uma ascensão do negro escravo para a classe trabalhadora funcional e assalariada, tornando-se parte da sociedade de fato.
Desse modo, com o sistema escravista praticamente ruído e ultrapassado, a abolição da escravatura no país era apenas uma consequência que viria mais cedo ou mais tarde, tendo sua data ocasionalmente se fixada em 13 de maio de 1888, sendo sancionada a chamada Lei Áurea, por meio da princesa Isabel.
Ademais, a abolição do sistema escravista não foi acompanhada de nenhuma política de reforma que integrasse os negros socialmente: o sistema de latifúndio foi mantido e o trabalho digno e devidamente assalariado continuava pertencendo ao imigrante europeu, dessa maneira, os ex-escravos não eram libertados, mas sim abandonados à própria sorte, sem moradia, trabalho e consequentemente cidadania, fatos os quais desencadearam a árdua e triste realidade a qual, grande parte dos afro-brasileiros vive até hoje.
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