Trabalho Epidemiologico sobre a Barragem de Acauã
Estado: Paraíba
Município: São Miguel de Taipu
Município(s) atingidos: Fagundes, Pilar, Mogeiro, São Félix, Aroeiras, Itatuba, São Miguel de Taipu, Ingá, Itabaiana
População atingida: Ribeirinhos, 4500,
Danos causados: Falta de atendimento médico, Piora na qualidade de vida,
Sintese do conflito: Ribeirinhos do agreste da Paraíba foram comunicados, em 2002, que o lugar onde moravam receberia a barragem de Acauã, obra dos governos federal e estadual. Até então, eles tinham acesso a alguns serviços básicos como posto de saúde e escola para suas crianças. Teriam então que escolher entre uma indenização de 4 mil reais ou uma casa pequena e frágil, apelidada de casa de placa, em uma agrovila, desprovida de qualquer serviço público e sem abastecimento de água. Quando a água tão prometida parecia chegar, a população perdeu o pouco que tinha no local.
"Nós não precisamos de barragem porque moramos na beira do rio Paraíba, nós não pedimos para sair..."
O trecho acima faz parte do vídeo O canto de Acauã, que integrou campanha nacional do MAB sobre a violação dos direitos humanos durante a construção de barragens em todo o país. No caso desta barragem, no sertão da Paraíba, 4,5 mil pessoas, aproximadamente, foram deslocadas das comunidades de Melancia, Cajá, Pedro Velho, Junco, Cafundó, dentre outras, para algum lugar, isolado das margens do rio Paraíba, onde até então viviam e tiravam o sustento e a subsistência familiar. A responsabilidade dos governos inexistiu quando essa população foi transferida para novos locais, situados em áreas quase desérticas e desprovidos de condições elementares de vida, de serviços públicos e, principalmente, meios para os moradores retomarem