trabalho do balde de gelo
A ideia simples se reproduziu como coelho. Você tem 24 horas para se filmar jogando um balde de água com gelo na cabeça — ou doar dinheiro para instituições especializadas na pesquisa da esclerose lateral amiotrófica (ELA), que não tem cura. Findo o banho, a pessoa nomeia outras três para repetirem o gesto.
Celebridades do mundo inteiro embarcaram no Desafio do Balde Gelado. No exterior, a lista vai de Bill Gates a Mark Zuckerberg, passando por modelos como Gisele Bundchen e gente do cinema e da música pop (Lady Gaga conseguiu realizar uma espécie de performance patética). No Brasil, Neymar, Ivete Sangalo, Susana Vieira e que tais tomaram o banho, para alegria de seus fãs.
É algo impensável dez anos atrás. O sucesso financeiro é evidente. De acordo com a revista Forbes, nos EUA a campanha levantou 15,6 milhões de dólares em poucos dias. No ano passado inteiro, o número foi de 64 milhões.
Mas as críticas também não tardaram. A campanha tem sido classificada como “slacktivism” — algo como ativismo preguiçoso ou, melhor ainda, sofativismo. Se alguém quiser dar dinheiro para um hospital, não precisa passar por isso.
A esclerose lateral amiotrófica causa a degeneração dos neurônios motores, que controlam os movimentos