Trabalho De T Picos Ortotanasia
1. Da Ortotanásia, testamento vital e cuidados paliativos
Não se morre mais como antigamente. Durante o passar da história da humanidade, as pessoas viviam 30 anos e eram vítimas de doenças súbitas ou infecciosas que ceifavam sua vida de modo rápido e muitas vezes ignorado. Hoje, a expectativa de vida bate nos 70 anos, e a maioria das mortes ocorrem por doenças crônicas (câncer, diabetes, males cardiovasculares e respiratórios), que progridem lentamente ao decorrer da vida. Isso quer dizer que a maior parte das pessoas vai ter de conviver muito tempo com a aproximação da morte. Sendo assim, as gerações atuais têm de lidar com um dilema: usar ou não a tecnologia disponível para prolongar a vida do organismo?
Hoje, já se pode deixar registrados os seus penúltimos desejos. É o testamento vital, adotado por 40% dos americanos e válido no Brasil desde 2012. Em tal documento, você detalha quais procedimentos médicos você quer usar para prolongar a vida, mas também pode deixar claro que não quer retardar sua morte.
O maior argumento a favor do testamento vital é que, quando o fim está próximo, o fluxo de informação tende a se deteriorar na mesma medida que a saúde. Como exemplo disso uma pesquisa realizada recentemente tinha o objetivo de descobrir o que pacientes diagnosticados com uma doença terminal queriam e o que médicos fariam caso fossem diagnosticados com a mesma doença. Os resultados são bem discrepantes. A proporção de médicos que declararam desejar prolongar a vida o máximo possível usando todos os meios disponíveis foi quase sete vezes menor que a de pacientes. Diante desse resultado fica claro que os pacientes valorizam tanto a sobrevivência que recebem tratamentos agressivos numa frequência maior do que os próprios médicos escolheriam para si.
Os tratamentos paliativos são, dentro