Trabalho de zé moleza
Tema: Carne e Osso Produzida pela repórter Brasil, o documentário “Carne e Osso” fala sobre a situação trabalhista nas indústrias processadoras de proteína animal e alia imagens impactantes a depoimentos que caracterizam uma triste realidade que deve ser encarada com a devida seriedade pela iniciativa privada, pela sociedade civil e pelo poder público.
A rotina dos trabalhadores da indústria de abate de aves, suínos e bovinos envolve inúmeros riscos devido ao manuseio de instrumentos cortantes, a pressão por altíssima produtividade e, não raro, jornadas exaustivas em ambientes frios e insalubres. Foi constatado que 90 mil pessoas estão adoecendo o que são 20% , excesso de jornada é um dos principais fatores de acidente de trabalho.
Cerca de 80% de danos físicos e psicológicos são do público que trabalha em frigoríficos. Uma das características do trabalho em frigoríficos é a elevada carga de movimentos repetitivos. Trabalhadores das indústrias de aves desossam, no mínimo, 4 coxas de frangos por minuto.
Nessa função, há funcionários que realizam até 120 movimentos diferentes em apenas 60 segundos, enquanto estudos apontam que o limite de ações por minuto deve ficar na faixa de 25 a 33 movimentos por minuto para evitar o aparecimento de doenças osteomusculares.
De acordo com pesquisadores o abate de bovinos, ocorrem duas vezes mais traumatismos de cabeças e três vezes mais traumatismos de abdômen, ombro e braço que em outras atividades. O risco de sofrer uma queimadura é seis vezes superior. No abate de aves, a chance de um trabalhador desenvolver um transtorno de humor, como uma depressão, é muito maior. No abate de aves e suínos, o risco de sofrer uma lesão no punho ou nos plexos nervosos do braço é gigantesco. E os problemas não são apenas físicos. O índice de depressão entre os funcionários de frigoríficos de aves é três vezes maior que o da média de toda a população economicamente ativa do Brasil. As pessoas trabalham