Trabalho De UTI 2
Após tomar-se a decisão de sedar um paciente, cabe ao intensivista a tarefa de decidir a forma de executar sua intenção. O primeiro passo consiste em decidir pela via de administração do agente. Quando possível, a via oral representa boa opção, pois permite a manutenção da terapêutica na unidade de origem após alta da UTI. Seu uso, contudo, representa a exceção, visto que grande parte dos pacientes em unidades de terapia intensiva, sobretudo em pós-operatório, permanece em jejum durante a maior parte da internação. Sendo assim, a via parenteral é a mais utilizada notadamente a venosa, pois a absorção de diversos fármacos administrados por via muscular ou subcutânea é errática, sendo bom exemplo o grupo dos benzodiazepínicos. A via venosa também é a única que permite administração contínua.
A seguir, deve-se decidir a periodicidade a ser utilizada para a administração do fármaco, contínua ou através de doses intermitentes. Até este instante, ainda não cabe decidir a substância a ser utilizada. Situações que necessitem de sedação por períodos limitados de tempo, como para realização de alguma manobra (exercícios fisioterápicos, introdução de cateter venoso ou arterial, broncoscopia para coleta de material em paciente intubado) podem ser resolvidas através da administração de dose única do agente. Já os casos que necessitam sedação por períodos prolongados de tempo, como pacientes que não sincronizam com o ventilador ou aqueles durante retirada da ventilação controlada mecânica, podem se beneficiar de infusão contínua da medicação escolhida. Uma das vantagens da administração contínua sobre a intermitente é a obtenção de concentrações plasmáticas estáveis do(s) agente(s) utilizado(s), evitando o perfil em "picos e vales" da administração errática. Outra vantagem diz respeito ao tempo despendido para preparo. Segundo estudo de Parker e col.o tempo necessário para um(a) enfermeiro(a) preparar, administrar, documentar e monitorar os efeitos agudos de uma