Trabalho De Texto formal e informal
A Toyota faz quase o oposto de tudo que se preconizou como elementos indispensáveis aos novos tempos. Em vez de premiar o talento dos mais iluminados , prefere recompensar o trabalho em equipe. No lugar de decisões ágeis, um tedioso processo consensual. “A lenta – mas coerente – tartaruga causa menos perda e é muito mais desejável do que a lebre veloz”, escreveu o engenheiro Talichi Ohno, o lendário inventor do chamado “modelo Toyota de produção”.
Olhada por dentro, fica claro que nada é mais forte na Toyota do que sua cultura. Tudo mais – a produção enxuta, a logística super afiada, os carros que fazem sucesso com o consumidor – é apenas reflexo do jeito Toyota de pensar e agir. Qualquer um dos 296.000 funcionários sabe exatamente quais os princípios e os valores da empresa. Como seguidores de uma doutrina, eles parecem acreditar em cada palavra que dizem. Da lista de “preceitos” da montadora constam recomendações como; “seja gentil e generoso, lute para criar uma atmosfera calorosa e caseira.”
Enquanto em boa parte das empresas o principal motor do crescimento é o reconhecimento do sucesso individual – que se manifesta no pagamento de bônus atrelados ao cumprimento de metas, em programas de opções de ações e na ascensão meteórica na carreira -, na Toyota o que move os funcionários é a certeza de que é possível fazer mais e melhor a cada dia, o chamado Kaizen.
Todos os empregados devem ser eternos insatisfeitos, buscando obsessivamente a qualidade – uma lógica que se aplica do operário ao presidente e que privilegia o trabalho em grupo. Para que todos saibam exatamente qual é o seu papel na engrenagem, os recém-contratados passam por um treinamento de cinco meses antes de assumir seu posto: 30 dias