Trabalho De Sociologia N2
Amanda Carvalho Oliveira Santana, acadêmica do curso Ed. Física Bacharel, 1º Semestre
Para Karl Marx, o capitalismo é um sistema baseado na exploração do trabalho. Precisa que as pessoas sejam governadas para trabalhar e parte da riqueza produzida pelo trabalho seja apropriada pelo capital. É no trabalho que se chocam os mecanismos de controle e as estratégias de luta, o ponto nodal da luta de classe. E é na sua análise que se evidencia a posição de classe, contra qualquer culto do interesse geral ou humanismo burguês. Por isso, a perspectiva marxista adota a centralidade do trabalho como método de análise. Perspectiva aqui, tem um sentido filosófico próprio. No marxismo, toda grande síntese — a sociedade, o estado, a humanidade — deve ser estilhaçada, conceitual e praticamente, na medida de sua multiplicidade, denotando as divisões, as tensões e os antagonismos do social. A perspectiva marxista assume um ponto de vista específico, funciona sob a espécie do proletariado. Esta perspectiva não visa a enxergar as coisas de outro modo, como se fosse preciso desmascarar uma realidade falsa. O marxismo, mais que uma mera ciência atrás da verdade objetiva, é um perspectivismo, e assim procede mediante a produção de subjetividade. A perspectiva é de classe porque ativa sujeitos. Que tendencialmente se põem na contramão da opressão de classe, se autonomizam, se libertam. Trata-se dos sujeitos que, em primeiro lugar, constroem eles próprios essa perspectiva, como resistência e reexistência. Realizam isso ao cooperar, se organizar produtivamente, afirmar a sua autonomia e imaginar o diferente. A classe se autoproduz como luta. A organização, a imaginação e a autonomia são consequências desse trabalho da perspectiva. Todas essas qualidades subjetivas — perspectiva, ativação, autonomia, tendência antagonista, imaginação — já consistem, desde o princípio, em elementos do próprio trabalho. Produção e política estão dentro uma da outra. De modo que,