TRABALHO DE SOCIOLOGIA 2
CAPÍTULO 2: DA ILUSTRAÇÃO AO NASCIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
1. Iluminismo: a sociedade inteligível A Ilustração, movimento filosófico que sucedeu o Renascimento, baseava-se na firme convicção da razão como fonte de conhecimento, na crítica a toda adesão obscurantista e a toda crença sem fundamentos racionais e também na incessante busca pela realização humana. Os filósofos da Ilustração procuraram entender a sociedade como um organismo vivo, ou seja, composto de partes interdependentes. Desse exercício de discernimento resultou também a compreensão de diferentes instâncias da vida social – as relações políticas, jurídicas e sociais. Das relações entre as partes e instâncias constituintes depende o funcionamento do todo, no qual se fundamenta o conceito de nação – um conjunto organizado de relações intersocietárias. O nacionalismo emergente do Renascimento, identificado ainda com a pessoa do monarca, dá lugar à noção de uma coletividade organizada e contratual, representada por sistemas legais, políticos e administrativos convenientes. O poder passa a ser entendido como uma construção lógica e jurídica, independentemente de quem o ocupa, de forma temporária e representativa.
Em busca da razão prática Nos séculos XVII e XVIII, diversos fatores estimularam a intelectualidade burguesa a avançar para a elaboração de um pensamento próprio. A sociedade apresentava necessidades urgentes que desafiavam os cientistas, mas planejar e projetar o futuro exigia um aperfeiçoamento do conceito de Estado Nacional. A nação deveria se orientar por uma política que favorecesse a prosperidade e a acumulação de riqueza, pois o mundo estava passando por um período de grandes mudanças com o início da Revolução Industrial e com o desenvolvimento tecnológico, e isso exigia da população plenos desejos e expectativas de realização pessoal e liberdade para agir, movimentar-se, consumir, gerir negócios e lucrar. Novos valores