Trabalho De Quimica
Especialistas criticam a metodologia da avaliação do Ministério do Meio Ambiente e defendem o álcool como o combustível que causa menos impactos negativos para a saúde humana No dia 15 de setembro, ao divulgar a Nota Verde, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) surpreendeu os consumidores. A Nota Verde, criada pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve/IBAMA), avalia as emissões de três gases veiculares poluentes e nocivos à saúde humana: monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. A surpresa veio da constatação de que, de acordo com essa avaliação, os carros movidos a etanol — o álcool combustível — são mais poluentes do que os movidos a gasolina. Essa revelação desmente a idéia de que o álcool, por ser feito a partir da cana-de-açúcar, uma matéria-prima renovável, era um combustível mais limpo do que a gasolina, originada do petróleo.
Para chegar aos resultados apresentados, foram feitas 250 avaliações de veículos leves produzidos no Brasil em 2008. Os carros com motor flex passaram por duas avaliações diferentes, uma para gasolina e outra para álcool.
Dessas análises resultaram duas classificações: a Nota Verde e o Indicador de CO2, também chamado de Nota CO2. Essa separação causou a primeira polêmica. O cálculo da Nota Verde, feito para os dois combustíveis, envolve a média das emissões do monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Ela varia em uma escala de 0 a 10 — quanto maior a nota de um carro, menor seu índice de emissão desses poluentes. Já o Indicador de CO2 foi aplicado apenas aos motores funcionando com gasolina. O CO2 é o principal gás de efeito estufa, e o aumento de concentração desses gases na atmosfera tem levado ao aquecimento global, o que está provocando perigosas mudanças climáticas perigosas ao planeta com