TRABALHO DE PSICOLOGIA

PSICODIAGNÓSTICO FORMAL E AVALIAÇÃO INFORMAL
Tereza Iochico Hatae Mito

O psicodiagnóstico ocupa um lugar de destaque entre as opções oferecidas nos serviços de psicologia que propõem um atendimento sistematizado, independentemente do motivo que leva o paciente a procurar a instituição. A intervenção ocorre à medida que não se posterguem os apontamentos que naturalmente ocorrem ao psicólogo durante os encontros, ou seja, quando se compartilha com os clientes, durante as sessões de psicodiagnóstico, a maneira como ele se apresenta: a impressão que causa ao psicólogo e as reflexões que possibilita. Se for possível captar o estilo do paciente isto é, sob que formas ele estabelece relações com um mundo. Singularidade se estabelece à medida que o psicólogo mostra ao cliente o que lhe aparece através do que o cliente esta lhe trazendo. Não é um demonstrar ou um avaliar entre verdades e mentiras, mas o iluminar de um momento, de uma situação. Esta iluminação ou clareira que se abre no existir do cliente de algum modo desestrutura o estabelecido. Faz parte do contrato do psicodiagnóstico dizer que se tentará mapear a maneira como aquela pessoa estabelece as relações consigo, com um mundo e com os objetos e o que, na sua maneira de estar no mundo, está incomodando ou aos outros. À medida que o profissional acredita que todo contato seu com o cliente pode ser um momento significativo para ambos, sem dúvida adotará uma postura mais ativa e reverão muitos dos conceitos que norteiam sua prática. É uma situação que se caracteriza pelo fato de o psicólogo partilhar suas impressões sobre o cliente, levando-o a participar do processo e a abandonar a postura passiva de sujeito a ser conhecido. A partir daí, o psicólogo manterá sua escuta voltada para as possibilidades de intervenção. Assim o psicodiagnóstico não é considerado, na maioria das vezes, como prática de intervenção, pois alem de se dar num numero relativamente pequeno e determinado de encontros, é