trabalho de psicologia social
FORMAÇÃO E INTERVENÇÃO EM PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
As práticas em Psicologia Social Comunitária (PSC) estão diretamente relacionadas ao compromisso coma mobilização de populações excluídas e com desafios à identidade profissional do psicólogo. Concluímos pela potencialidade da associação entre intervenções que permitam trabalhos de extensão com atividades de pesquisa e formação, uma estratégia importante no redirecionamento crítico e engajado do profissional para dimensões comunitárias, institucionais e sociais do saber e do fazer da Psicologia brasileira.
Psicologia Social Comunitária
Surgida após a crise da Psicologia Social em meados dos anos 1970, a Psicologia Social Comunitária, especialmente na América Latina, se apresentou como uma abordagem diferenciada para a inserção profissional e política do psicólogo. Andery (1986), em trabalho que procedia a uma avaliação do movimento no Brasil, já indicava a vocação da Psicologia Comunitária para o compromisso com as classes populares, desafiando os modelos de ação psicológica de atendimento à elite e a serviço do controle social, colocando por chão a possibilidade de uma prática profissional e científica fundada na neutralidade. Neste sentido, as ações de pesquisa e intervenção nesta abordagem tenderam a privilegiar metodologias qualitativas, nas quais se aliava a preocupação transformadora tão cara à Psicologia Comunitária, preservando seu caráter investigativo e de produção de conhecimento (Lane & Sawaia, 1995).Os resultados destas práticas vieram se mostrando efetivos, enquanto críticos do status quo e mobilizadores das populações mais pobres para a mudança de suas realidades, na medida direta da participação destas populações em todo o processo de investigação e transformação: do diagnóstico à intervenção, passando pelo estabelecimento de objetivos comuns. Isto, no entanto, vem solicitando uma mudança importante também na disposição do próprio profissional, aberto para uma ação que