TRABALHO DE PREVIDENCIARIO
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A medicina é comprometida com a proposição de que tudo que pode derrotar a doença e prolongar a vida é inequivocamente uma coisa boa. Sendo o medo da morte uma das mais profundas e duradouras paixões humanas, é compreensível que celebremos todo o avanço na tecnologia médica que pareça protelar a morte. Idealmente gostaríamos não apenas de viver mais tempo, como também de conservar nossas faculdades até o mais perto possível do momento em que a morte finalmente sobrevém, de modo a não termos de atravessar um período de debilidade no final da vida. O rápido crescimento da população mundial atingida pelo mal de Alzheimer nos países desenvolvidos é portanto, um resultado direto do aumento das expectativas de vida, que prolongaram a saúde do corpo sem prolongar a resistência a essa terrível doença neurológica. Mas não podemos ver apenas com um ponto de vista negativo sobre esse tema, pois realmente a emergência dessa nova fase da vida como uma expectativa realista para a maioria das pessoas é uma façanha de que a medicina deve ser orgulhar.
Ainda se fala numa outra categoria de idosos com mais de oitenta anos, pois este é um período sobre o qual a sociedade não gosta de falar, e gosta ainda menos de experimentar, já que ele contraria ideais de autonomia pessoal caros à maioria das pessoas. Se não houver nenhum atalho molecular para o aditamento da morte por ser o envelhecimento o resultado do acúmulo gradual de danos a uma ampla esfera de sistemas biológicos diferentes, não haverá razão nenhuma para se pensar que avanços médicos futuros ocorrerão, em algum grau, de maneira mais ordenadamente simultânea que no passado. O fato de a tecnologia médica existente ser capaz somente de manter o corpo das pessoas vivo com uma qualidade de vida muito baixa é a razão por que o suicídio assistido e a eutanásia ganharam destaque como questões públicas nos Estados Unidos e alhures nos últimos anos. No futuro, a biotecnologia provavelmente nos proporá barganhas em que o comprimento