Trabalho de port
Apenas posta fora do palácio, Elisa dedicou-se a procurar seus irmãos. Caminhava o dia inteiro, alimentava-se com frutos silvestres e passava a noite dormindo embaixo de uma árvore qualquer. Afinal, chegou a um grande rio. O sol estava se pondo e a jovem viu chegarem à margem da corrente onze cisnes alvíssimos, que possuíam cada qual a sua coroa de ouro. As aves pousaram perto dela, batendo as grandes asas e, no momento exato em que o sol desaparecia no horizonte, transformaram-se em onze garbosos rapazes. Eram seus irmãos, que a abraçaram e lhe contaram a magia feita contra eles pela bruxa, por ordem da madrasta e em virtude da qual só readquiriam a forma humana depois do por do sol. "Amanhã, iremos a um país distante", disse o mais velho, "e tu irás conosco."
Passaram a noite inteira tecendo uma rede com a casca flexível do salgueiro e as varinhas do juncos. Quando amanheceu, nela colocaram Elisa e, sustentando com o bico as bordas da rede, saíram voando. Após muitas horas, chegaram ao longínquo