trabalho de parasitologia
Os Rhabdiasoidea são pequenos nematóides que vivem em geral no solo ou água, como seres de vida livre. O homem é infectado por Strongyloides stercoralis, que possui em seu ciclo vital machos e fêmeas capazes de viver no solo; mas, outra parte do ciclo é obrigatoriamente parasitário e tem por hábitat a parede intestinal. A doença é denominada estrongiloidíase. As infecções leves assintomáticas, as demais produzem quadros de enterite ou de enterocolite crônica que chegam a ser graves ou fatais, se houver imunodepressão.
INFECTIVIDADE E VIAS DE PENETRAÇÃO
Somente as larvas do tipo filaróides são infectantes para o homem ou para os animais suscetíveis. A via de penetração habitual é a cutânea, operando-se a invasão na maioria das vezes pelos pés. Depois de 24 horas, as larvas alcançam a circulação venosa, fazem o ciclo pulmonar e descem pelo tubo digestivo até chegarem ao intestino, alojando-se na mucosa.
Outra via de infecção possível, mas não usual, é a digestiva, quando o paciente venha a ingerir a água contaminada com larvas infectantes. Nesse caso não há migração pulmonar, pois o desenvolvimento larvário completa-se no próprio intestino e os vermes invadem diretamente a mucosa.
Além dessas maneiras pelas quais um indivíduo suscetível adquire pela primeira vez o parasito, vindo de outro indivíduo ou do ciclo de vida livre no solo, e que chamamos de heteroinfecção, pode ocorrer na estrongiloidíase a auto-infecção.
PATOLOGIA DA ESTRONGILOIDÍASE
As lesões devidas ao Strongyloides relacionam-se:com a penetração do parasito no hospedeiro; com sua migração durante o ciclo pulmonar; com sua permanência e multiplicação na mucosa intestinal ou em localizações ectópicas.
Lesões cutâneas. Podem ser tão discretas que passam despercebidas, ou manifestam-se como pontos ou placas eritematosas, aparecendo nos lugares de penetração. Localizam-se de preferência nos espaços interdigitais, no dorso do pé e no tornozelo. Quando ocorre auto-infecção externa,