Trabalho de Necessidades especiais
A Paralisia Cerebral (PC), também conhecida como encefalopatia crônica não progressiva, se refere a uma desordem persistente, no entanto variável, do movimento e da postura que surge nos primeiros anos de vida. Caracteriza-se por uma interferência no desenvolvimento do sistema nervoso central, causado por dano cerebral não progressivo (Wanderley, 2008).
De acordo com Kuban e Liviton (1994), citado por Wanderley (2008), pode-se considerar a PC como um complexo de sintomas e não uma doença específica. Paralisia Cerebral é um termo que cobre um grupo de síndromes de desordem motora não progressiva, mas normalmente mutável e por lesões ou anomalias do cérebro que aparecem nos primeiros estágios do desenvolvimento.
Podem estar presentes ainda, além do prejuízo motor, déficits intelectuais, sensitivos, visuais e auditivos. A classificação proposta por David (1992) associa características clínicas e a capacidade funcional do paciente.
Quadro 1: Classificação da Paralisia Cerebral segundo David (1992).
Características clínicas
Aspectos consistentes
Aspectos variáveis
1. Duplegia espástica: Membros inferiores mais comprometidos que os membros superiores
Frequentemente associada com prematuridade
Pode ter outros prejuízos (cognição, linguagem)
2. Hemiplegia espástica: Membro superior mais comprometido
Habitualmente marcha independente
Dificuldade de aprendizado
Epilepsia
Pode apresentar cisto porencefálico
3. Quadriplegia espástica: - Quatro membros envolvidos
- Membros inferiores podem ser mais prejudicados
Retardo mental ou dificuldade de aprendizado escolar
Epilepsia
O diagnóstico do PC é basicamente clínico, sendo caracterizado clinicamente por atraso ou impedimento da aquisição das atividades motoras associado à alteração de tono e à persistência de padrões primários.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e comunicado à família, mais efetivo será o tratamento, com chances de obter melhores resultados
Distrofia Muscular
As distrofias