Trabalho de Mariologia

ITEFIST - INSTITUTO DE TEOLOGIA E FILOSOFIA SANTA TERESINHA
Seminário Diocesano de São José dos Campos
Aluno: Geone Mariano das Neves – Prof. Dr. Pe. Carlos Antonio da Silva
Trabalho de Mariologia
João Duns Scoto nasceu na Escócia provavelmente em 1266 e bem cedo se sentiu atraído pelo carisma de São Francisco, entrou na Família dos Frades Menores e foi ordenado sacerdote em 1291. Dotado de uma inteligência brilhante e propensa à especulação foi orientado aos estudos e ensinou ciências filosóficas e teológicas. O Papa João Paulo II, em 20 de março de 1993, o proclamou bem-aventurado, definindo-o como “cantor do Verbo Encarnado e defensor da Imaculada Conceição de Maria”, sintetizando assim sua grande contribuição à história da teologia.
Em sua época, era da piedade popular que Maria Santíssima foi preservada do pecado original desde o primeiro momento da sua concepção, mas a maior parte dos teólogos fazia uma objeção, que parecia insuperável: de fato, a universalidade da Redenção realizada por Cristo, à primeira vista, podia parecer comprometida por semelhante afirmação, como se Maria não tivesse precisado de Cristo e da sua redenção. João Scotus para fazer compreender esta preservação do pecado original, desenvolveu um tema que depois seria adotado também pelo beato Papa Pio IX em 1854, ao definir o dogma da Imaculada Conceição de Maria.
À objeção de que Maria teria nascido sem pecado, já que todos depois de Adão o contraem em uma geração comum, de um homem e de uma mulher, porque o corpo mancha a alma. Scoto assim o diz: creio que a mancha permanece no corpo da criança após o batismo, mas o pecado é cancelado pela graça. Pode Deus não perceber o momento da geração, pode um instante de tempo não ser percebido por Ele, Senhor da eternidade? Será que a natureza é mais forte para manchar do que a graça para santificar? Portanto, a graça foi infusa na alma de Maria no primeiro momento de sua concepção.
Deus podia fazer que a sua Mãe nascesse sem o pecado