Trabalho de manutenção
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O campeão foi um enorme bloco de 26 100 quilômetros quadrados - uma área um pouco menor que a do estado de Alagoas - que se desprendeu do continente antártico em 1986. A história desse iceberg é curiosa: depois de se separar da plataforma de gelo de Filchner-Ronne, em uma região voltada para o Atlântico Sul, ele rachou em três. Os pedaços menores continuaram flutuando e uma parte quase trombou com o litoral brasileiro, em 1993. "Foi um fato bastante incomum, já que a maioria dos icebergs derrete antes de chegar ao sul da África ou da América", afirma o glaciologista Jefferson Cardia Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mas esses monstros gelados representam pouco perigo para a navegação. Justamente por serem tão grandes, eles são avistados facilmente a longas distâncias.
Blocos bem menores, ao contrário, viajam mais rápido e podem causar acidentes sérios porque passam despercebidos por satélites e rad0ares de localização. Apesar de a formação de icebergs ser um processo natural, ocasionado pelo sobe-e-desce das geleiras que flutuam ao sabor do movimento das marés, estudos recentes estão preocupando os cientistas. Desde o final da década de 80, megablocos se soltam constantemente da plataforma de gelo de Ross, que fica voltada para a Oceania. "E na plataforma de Larsen, próxima da América do Sul, a capa gelada encolheu 15 mil quilômetros quadrados desde 1995 pelo desprendimento de icebergs. Isso ocorre pelo aumento da temperatura na região, talvez um sinal de mudanças causadas pelo aquecimento global", diz