trabalho de ludicidade
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96), em conformidade com a Declaração Mundial de Educação para Todos –criada na reunião realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1993, pela UNESCO-, reforça esta perspectiva ao enfatizar, para a educação infantil as dimensões de cuidar e educar, tendo o brincar como um dos processos de suporte.
Embora os profissionais que atuam com crianças nessas áreas possam relacionar-se de uma maneira lúdica, a desvalorização, a falta de conhecimento e compreensão do significado do brincar comprometem a qualidade de suas ações. Desta forma, o brincar pode se submeter como instrumento para a reprodução da violência simbólica, isto é, a corroboração de valores e significados que são as raízes dos grandes problemas sociais (Bourdieu & Passeron, 1977).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil define princípios norteadores que permitam o processo de formação ética, política e estética da criança, em que a ludicidade é prescrita como um dos fatores para a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos/lingüísticos e sociais desta. As instituições de educação infantil deverão regular suas Propostas Pedagógicas, práticas de educação e cuidados, tendo em vista as disposições deste documento.
Surge, portanto, o reconhecimento da necessidade de avaliar a congruência entre estes elementos teóricos e as respectivas rotinas, dado que sua complexidade abrange não só o âmbito da educação formal, planejada e controlada em sala de aula, como também a educação não-formal e informal onde o brincar e a formação ética, política e estética da criança ocorre de forma mais espontânea (Libâneo, 2000).
Bibliografia
LIBÂNEO, J. Pedagogia e Pedagogos, Para Quê? São Paulo, Cortez, 2000.
BOURDIEU, P. & PASSERRON, J. A Reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino São Paulo, Francisco Alves, 1977.