Trabalho de literatura-analise Murmúrios da tarde

801 palavras 4 páginas
Murmúrios da tarde(Castro Alves)

Êcoute! tout se tait; songe à ta bien-aimée,
Ce soir, sous les tilleuls, à la sombre ramée,
Le rayon du couchant laisse un adieu plus doux;
Ce soir, tout va fleurir: l'immortelle nature
Se remplit de parfums, d'amour et de murmure,
Comme le lit joyeux de deux jeunes époux.
A. de Musset. Rosa! Rosa de amor purpúrea e bela!
Garret.

Ontem à tarde, quando o sol morria,
A natureza era um poema santo,
De cada moita a escuridão saía,
De cada gruta rebentava um canto,
Ontem à tarde, quando o sol morria.
O poema começa com o eu-lírico narrando o pôr-do-sol, falando da escuridão que tomava conta, e sobre a natureza.

Do céu azul na profundeza escura
Brilhava a estrela, como um fruto louro,
E qual a foice, que no chão fulgura,
Mostrava a lua o semicirc'lo d'ouro,
Do céu azul na profundeza escura.

No paragrafo acima ele começa a exaltar a nostalgia do cair da tarde através de imagens sombrias e soturnas.

Larga harmonia embalsamava os ares!
Cantava o ninho — suspirava o lago...
E a verde pluma dos sutis palmares
Tinha das ondas o murmúrio vago...
Larga harmonia embalsamava os ares.

Acima percebe-se fortemente que o eu-lírico se encontra em um ambiente onde a natureza toma conta. Pois ele fala de harmonia, lago, palmares, ondas. O leitor logo subentende e imagina o eu-lírico em um lugar como um campo.

Era dos seres a harmonia imensa,
Vago concerto de saudade infinda!
"Sol — não me deixes", diz a vaga extensa,
"Aura — não fujas", diz a flor mais linda;
Era dos seres a harmonia imensa!

"Leva-me! leva-me em teu seio amigo"
Dizia às nuvens o choroso orvalho,
"Rola que foges", diz o ninho antigo,
"Leva-me ainda para um novo galho...
Leva-me! leva-me em teu seio amigo."

"Dá-me inda um beijo, antes que a noite venha!
Inda um calor, antes que chegue o frio. . . "
E mais o musgo se conchega à penha
E mais à penha se conchega o rio...
"Dá-me inda um beijo, antes que a noite venha!"
Nos

Relacionados

  • didatica
    5412 palavras | 22 páginas
  • A voz do povo
    2495 palavras | 10 páginas
  • A Poesia Parnasianista no Final Do Século
    3227 palavras | 13 páginas
  • Análise da atuação do fisioterapeuta no paciente com bronquite crônica na fase hospitalar
    2109 palavras | 9 páginas
  • Poetas 2
    8739 palavras | 35 páginas
  • Cônica
    3373 palavras | 14 páginas
  • Poemas da antologia
    2475 palavras | 10 páginas
  • poesia
    3273 palavras | 14 páginas
  • Parnasianismo e simbolismo
    1740 palavras | 7 páginas
  • a vida dos homens infames
    8072 palavras | 33 páginas