Trabalho de Lideran a Casas Bahia
Líder Samuel Klein
Samuel Klein nasceu na Polônia e chegou ao Brasil em 1952 com a mulher Ana e o filho Michael, de dois anos. Tinha 29 anos de idade, US$ 6 mil no bolso e uma vontade enorme de recomeçar a vida depois de enfrentar as atrocidades da Segunda Guerra Mundial. A batalha não poupou sua família, de origem judaica. A mãe e cinco irmãos mais novos foram levados pelos nazistas para o campo de extermínio de Treblinka, na Polônia. Samuel tinha 19 anos quando os viu pela última vez. Ele e o pai foram parar no campo de concentração de Maidanek, também na Polônia. Em 1944, depois de dois anos, conseguiu fugir numa distração dos soldados alemães e se escondeu até o fim do conflito.
Os primeiros passos como comerciante aconteceram logo depois da guerra, quando Samuel se mudou para a Alemanha à procura do pai e dos irmãos. Para ganhar a vida, ele começou a vender mercadorias às tropas aliadas. O trabalho lhe rendeu economias suficientes para encorajá-lo a deixar o continente europeu e tentar a vida na América do Sul. O primeiro destino foi à Bolívia, onde aportou com a família em 1951. Mas a guerra civil pelas ruas bolivianas desestimulou Samuel, cansado de guerra. No ano seguinte, ele chegou ao Brasil, mais especificamente em São Caetano do Sul, São Paulo, onde continua até hoje administrando seus negócios. Na cidade, ele começou a escrever uma nova vida, a história da Casas Bahia. No início, a empresa se resumia a Samuel e sua charrete carregada de roupas de cama, mesa e banho. Pelas ruas de São Caetano do Sul, ele batia de porta em porta, executando sua aptidão para as vendas. "Quer pagar quanto?", o bordão repetido pelo garoto-propaganda da rede, já fazia parte dos argumentos de um vendedor que oferecia inúmeras condições de pagamento para não perder a venda. A tradição do crediário começou aí, quem não podia pagar a mercadoria à vista assumia prestações para os meses seguintes. O tempo mostrou que Samuel estava certo em confiar na clientela e