Trabalho de introdução a filosofia 2 manifesto contra o trabalho
MANIFESTO CONTRA O TRABALHO
Krísis (em grego) é o momento em que o júri proferia seu juízo no tribunal, avaliando uma situação emperrada – o que corresponderia à crítica que a própria modernização capitalista faz a si mesma(p.3).
O Manifesto não é uma crítica de "fantasistas" ou "preguiçosos". A negação do trabalho, isto é, sua crítica, acontece objetivamente, através da racionalidade dialética desta sociedade. Um manifesto contra o trabalho é a crítica desta crítica, criticados limites que a dialética puramente imanente ao capitalismo possui (p.4).
O objetivo era "ir além do conceito através do conceito" (Dialética Negativa). Pois bem, estendendo a constelação formada por Hegel, Marx e os frankfurtianos, o Grupo Krisis quer ir bem além de uma crítica moral contra o trabalho ou puramente transcendente , ou ainda, estética e utópica como alguns querem imputar-lhes (p.4-5).
O ponto chave parece ser que, para o marxismo tradicional, o valor enquanto tal foi sempre um pressuposto neutro ou mesmo um dado positivo: o problema era só a mais-valia, ou seja, "o escândalo não era o trabalho, mas apenas a sua exploração pelo capital" (diz o Manifesto), e toda crítica decorrente desta visão vem no sentido magro da crítica da burguesia empírica ou dos restos pré-capitalistas na sociedade nacional, culminando na luta para uma melhor "distribuição de renda" ou, na melhor das hipóteses, por uma realização de direitos de cidadania e "igualdade"(p.5).
Capital e trabalho, portanto, são momentos reflexivos de uma relação social total,presidida pelo valor (p.6).
As lutas defensivas dos trabalhadores, ainda internas ao sistema, não deveriam ser descartadas, mas interligadas num movimento de recusa do trabalho(p.11).
Os que ainda não desaprenderam a pensar reconhecem facilmente que esta postura é infundada. Pois a sociedade dominada pelo trabalho não passa por uma simples crise passageira, mas alcançou seu limite absoluto. A