Trabalho de historia
O Concílio Vaticano II, uma série de conferências realizadas entre 1962 e 1965 e conduzidas pelo Papa João XXIII, foi uma tentativa de modernizar e abrir a Igreja para o diálogo, estabelecendo que a mensagem católica deveria ser inteligível para o mundo, com missas realizadas nas línguas nacionais e não mais em latim, com o padre de costas para os fiéis, por exemplo. Isso dividiu mais a Igreja entre grupos mais progressistas e mais conservadores e, com o Papa João Paulo II, houve um congelamento dessa modernização. Por sua vez, Bento XVI responsabilizou a mídia pelo que chamou de interpretação distorcida das reuniões da igreja na época, defendendo que o Concílio não foi uma ruptura revolucionária com o passado, como consideram os católicos liberais, mas apenas uma renovação.
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“Mas existe uma contradição na postura de Bento XVI, uma vez que ele foi um conservador que veio combater a modernização e o diálogo, mas sua renúncia pareceu um apelo contrário – o de que a Igreja deve, sim, mudar”, explica o professor Antonio.
O que é preciso saber
“É importante que o vestibulando saiba que o Vaticano é a única monarquia absolutista que temos. O Papa exerce o papel de rei com plenos poderes: legisla, administra e julga, tendo o poder de condenar ou perdoar”, explica o professor Célio Tasinafo, do Cursinho Oficina do Estudante.
Segundo ele, também é bom estudar a história da Igreja como força hegemônica durante a Idade Média e suas alianças com monarquias absolutistas. A partir do ano 391, quando o imperador Teodósio tornou o catolicismo a religião oficial do Império Romano, a Igreja passou a acumular fortunas e territórios. A estrutura