Trabalho de Gerontologia
O envelhecimento populacional está ocorrendo em um contexto de grandes mudanças sociais, culturais, econômicas, institucionais, no sistema de valores e na configuração dos arranjos familiares como a diminuição de fecundidade além de grandes avanços tecnológicos permitiu uma maior qualidade de vida e saúde mais efetiva na prevenção de doenças, contribuindo para o envelhecimento populacional. Para o futuro próximo, espera-se um crescimento a taxas elevadas da população muito idosa (80 anos e mais) e como a continuação da redução da mortalidade nas idades avançadas. No entanto, a certeza do crescimento desse segmento populacional está sendo acompanhada pela incerteza das condições de cuidados que experimentarão os longevos.
Embora a legislação brasileira lei no 10.741, de 1º de outubro de 2003, estabeleça que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso, em função da redução da fecundidade e da crescente participação da mulher - tradicional cuidadora - no mercado de trabalho. Isto passa a requerer que o Estado e o mercado privado dividam com a família as responsabilidades no cuidado com a população idosa. Diante desse contexto, uma das alternativas de cuidados não-familiares existentes corresponde às instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), sejam públicas ou privadas. Essa lei confere aos idosos seu estatuto que assim os fornecem inúmeros direitos como garantia de prioridade; que nenhum idoso seja objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, direito a vida, liberdade de expressão, respeito, dignidade, saúde, transporte, lazer, cultura entre outros.
Não se conhece quantos idosos vivem nessas instituições, suas características - como sexo, idade, renda, condições de saúde/autonomia, laços familiares, tempo de permanência na instituição - e tampouco o número de instituições existentes, a infra-instrutora, os serviços oferecidos,