trabalho de filosofia
Uma fonte de conflitos culturais e de impedimento para o diálogo é a dicotomia(divisão em dois, bipartição) entre a cultura e barbárie.
A dicotomia:
CULTURA X BARBÁRIE
E a projeção da barbárie para a cultura do Outro é o grande impedimento do diálogo intercultural.
Para os conquistadores da América, que se consideravam portadores de “cultura”, “civilização” e “progresso”, os povos conquistados viviam culturalmente na “barbárie” e religiosamente na “idolatria” ou “magia”.
NÃO existe a possibilidade de um diálogo em condições de Hierarquia Institucional e Assimetria Política.
No Peru, o jesuíta José de Acosta (1540-1600), e no Brasil, o jesuíta Antonio Vieira
( 1608-1697), qualificaram a pluriculturalidade de “Confusão Babilônica” e “obra do diabo”, obra daquele que cria, por sua própria natureza, desordem.Na origem, segundo o pensamento da época havia uma cultura única.
FIM DA CULTURA ÚNICA e ORIGINAL
Segundo o pensamento dominante da época:
- Causador da quebra, ou término desta cultura única e original: PECADO.
- Mais tarde “BARBÁRIE”, “IDOLATRIA”, “DIVERSIDADE” foram considerados “ramos da mesma árvore” do PECADO. Com seus “frutos” de IGNORÂNCIA, DESORDEM e PLURALIDADE.
A idéia da monocultura original articulada com a idéia de superioridade da civilização ocidental se amalgamaram( misturar, juntar) na ideologia da conquista, permitindo justificar a expansão européia com seus custo e supostos benefícios como:
esclarecimento daqueles que andavam nas trevas, sem fé e ciência;
pacificação dos que por ociosidade se tornavam guerreiros e nômades, portanto, sem civilidade, e
ordenamento dos que viviam sem leis e sem gramática, sem rei e sem escrita, moralmente degenerados e culturalmente atrasados.
A “política de trabalho” – aplicada através das encomendas, das reduções e da escravidão – era um instrumento de pacificação. A “verdadeira religião”da Igreja e as leis universais impostas pelo Estado apontavam